18 de maio de 2024

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“Papel crucial da cadeia do frio é um ponto cego global na mitigação das mudanças climáticas”, diz executivo | Foto: Shutterstock

Na COP27, indústria pede maior investimento na cadeia do frio

Em função da crescente demanda por alimentos, emissões do setor podem aumentar ao longo dos próximos anos, alerta fabricante

Os investimentos em tecnologias sustentáveis voltadas à cadeia do frio são urgentemente necessários para garantir a alimentação da crescente população mundial nas próximas décadas, segundo uma declaração dada ontem (11) pela Danfoss, às vésperas do dia da adaptação e agricultura na 27ª Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP27).

Com a necessidade cada vez maior de produção de alimentos e desenvolvimento da cadeia do frio, surge o risco de maiores emissões de gases de efeito estufa decorrentes da demanda energética, alertou a companhia dinamarquesa.

Para a indústria, porém, maiores investimentos no setor de refrigeração podem reduzir o volume de alimentos desperdiçados e cortar emissões ao mesmo tempo.

“O papel crucial da cadeia do frio é um ponto cego global na mitigação das mudanças climáticas. Uma população crescente exigirá mais alimentos, mas simplesmente não estamos prontos para lidar com isso globalmente hoje”, comentou o presidente da área de compressores comerciais da Danfoss, Kristian Strand.

De acordo com a multinacional, 13% dos alimentos produzidos globalmente são perdidos, devido à falta de cadeia do frio, ou a cadeias subdesenvolvidas e negligenciadas. 

Com a tecnologia prontamente disponível para reduzir a demanda de energia dos equipamentos de refrigeração e construir infraestruturas frigoríficas sustentáveis, agora o foco deve estar na ação, conforme avaliou a empresa.

“Para modernizar a cadeia do frio e levar o transporte de alimentos a seu próximo estágio de evolução, devemos aumentar os investimentos para pesquisar os desenvolvimentos da cadeia do frio em todo o mundo”, disse Strand. 

“Também devemos fornecer incentivos financeiros para garantir que a melhor tecnologia disponível e eficiente em termos de energia seja usada e acelerar o monitoramento digital da cadeia do frio para tornar a tomada de decisões mais eficaz. Isso é bom para o meio ambiente e para as empresas envolvidas”, acrescentou o executivo.

Fonte: Blog do Frio