Escola do Mecânico cresce 8% e fecha 2022 com 13 mil alunos

Mais um ano passou e a edtech de impacto social, Escola do Mecânico, mostra a que veio. Especializada na formação de mecânicos para o mercado de reparação e mecânica automotiva, registra crescimento de 8% em comparação ao ano anterior. Com 10 escolas próprias e 24 franqueados, conta com 460 instrutores de treinamento e 296 colaboradores atualmente. Saltou de 5% para 10% o número de matrículas em 2022, e já contabiliza mais de 13 mil alunos em todo o Brasil.

Entre os cursos mais procurados em 2022 estão transmissão automática com (45%), mecânica de empilhadeira com (35%), instalação de ar-condicionado (35%) de interesse, seguida por mecânica diesel (16%), instalação de alarmes e insulfilm (15%), mecânica de motocicleta (8%) e automotiva com (3%).

Aos 42 anos, Sandra Nalli, CEO e fundadora da escola, se orgulha do app Emprega Mecânico, iniciativa 100% gratuita e direcionada para alunos, ex-alunos e grandes empresas que buscam contratar profissionais para área. O app, criado em 2018, ganhou versão atualizada e já soma mais de 2.500 vagas cadastradas, além de 650 alunos empregados só em 2022.

São mais de 6 mil empresas listadas e aproximadamente 30 mil usuários cadastrados desde sua criação. Já empregou e encaminhou ao mercado de trabalho mais de mil alunos em vagas com pisos entre R$ 1.648,52 a R$ 2.967,00. “Na prática, a Escola do Mecânico gera emprego e renda, e esse é o principal motivo dela existir. Somos reconhecidos pelo impacto social e é isso que nos move”, diz Sandra.

Aos 14 anos, já trabalhava como menor aprendiz em uma grande rede do setor automotivo. Em 2014, quando já empreendia a Escola do Mecânico, percebeu que as pessoas que procuravam a formação estavam em busca de abrir a própria oficina ou mesmo a colocação do mercado de trabalho. “Lembro-me que antes de nascer o app Emprega Mecânico, eu mesma ligava para as corporações e oficinas para oferecer esses profissionais. Pegava a lista páginas amarelas e essa era uma das minhas rotinas”, relembra a empreendedora.

Sandra também acompanha a crescente procura de mulheres para atuação na área, ainda majoritariamente dominada por homens. “Percebemos que quem procura os cursos está atrás de um ofício, uma profissão ou mesmo empreender o próprio negócio. Em 2017, começamos com 70 mulheres formadas 1.8% do total de alunos matriculados, e, hoje, já são mais de 1500, o equivalente a 10% do quadro de alunos”, comemora.

No final do ano passado, a Escola do Mecânico recebeu investimento da Yunus Corporate, fundo de impacto social e dos negócios sociais. O aporte de R$ 1 milhão – um dos poucos negócios fundado por uma mulher a ser selecionado para receber o investimento -, foi utilizado para marketing, canais de aquisição, pessoas, novos cursos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a capacidade de impacto.